Procuro no vão de escadas
as palavras que deixei guardadas
foi há tanto tempo que as escrevi,
que não me lembro mais, onde as escondi,
procuro entre caixas, sacos e tralhas velhas,
oiço vozes que se vergam, por entre sobrancelhas
sorriem zombando, daquilo que procuro ainda,
palavras guardadas em caixa vazia, com cinza,
e laços de ternura, que arderam nos tempos,
agora são brasas frias, lançadas aos ventos,
as belas palavras que escrevi, com tinta e pena de pavão
épocas passadas, no tempo que as escadas, tinham arrumação.
*Lotus*
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