Admirar a escrita é meditar sobre ela!

sábado, 14 de abril de 2012

(In) diferente



Cravei no meu peito,
Na madrugada azul

As dores, desesperantes…
Em que me afundei, no horizonte cego

Infinitos…
Momentos me prendem…
E, não me pertencem…

Por te amar, 
invento-me!
Na espera, do afago dos teus braços…

 …Tombo…
Em poço sem fundo…
Em louco… Asfalto…Incandescente…
Meu mundo…

 (in) diferente…

E, sibilando o teu nome
Sagrado!

Engulo as vísceras do monstro,
Em mim guardado…

Na dor, que me vai roendo…
 Morrendo em mim…De contrição...

Morada utópica…Ventos de ilusão…
No inabitado espaço…Em que te prendo.

*Lotus*

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Não, não digas Adeus.


Se o amor que te dei, foi a maçã proibida?
Aquela, que ambos devoramos…
…Sôfregos...
Como Deuses pecaminosos…
…E loucos…
No paraíso desta vida.
Já não sei se foi nesta?
Ou noutra, também sofrida!


Como podes beijar outra boca?
Se é a minha, que tu beijas!
Como podes possuir outro corpo?
Se é o meu que te deixa louco!


Não, não digas [Adeus]...Que seja!
Não, não digas mais, que me desejas…
Não divulgues o que trazes guardado…
Deixa o meu coração descansar [enganado]

Guarda-me, nas memórias de um fado
Ou nos passos de um tango, bem dançado.
Guarda-me, onde souberes, que me hás-de encontrar,
Eu, estarei nesse canto, p´ra contigo celebrar!

*Lotus*

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Só os Deuses

Quando as noites, tiverem a luz do dia…

E os dias, as estrelas do luar…

E a chuva, não nos possa mais molhar,

E o vento, deixe de nos emaranhar …

Aí, saberás o que as palavras querem dizer…

Porque só os Deuses podem transferir, as palavras feitas de sentir.

*Lotus*

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Os Homens Também Choram



Se eu pudesse viver sem chorar…
Das lembranças, que me afluem à mente,
Nas lágrimas que me nascem, a cantar,
Num fingimento, cobarde e complacente...

Como eu queria, ser capaz de me trocar,
E ,viver como a luz, de um cristal reluzindo…
Mas, tudo me apraz, até uma telhado a descambar
As gotas que dele caem, são meu disfarce carpindo

Como pode ser indigno, um homem chorar de amor,
E, só na dor física, nos podermos afirmar…
Porque é ser fraco e doente, e falsamente
Confirmamos a dor de amar, chamando-lhe, dor de dentes.


Não, não vou perpetuamente…camuflar…
A verdadeira dor que sinto, vou agora mesmo chorar,
Pela dor deste amor, e desposa-la em jejum...
E, que o meu pranto seja, o sentir de um homem comum.

*Lotus*

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Na luz da esperança

Todos os dias são iguais…
Amanhece, anoitece, e torna a amanhecer…
A natureza, não se esquece de acontecer.
E, eu, perco-me na fé, que ela me envolva em cambraia
E queira levar-me consigo, como a água leva as areias na praia

Colho no céu, um molho de estrelas..
 E delas faço um ramo de luz,
Na esperança que me encontres no brilho,
Que só uma delas produz,
Mas, até elas se apagaram …Na demora da minha ilusão

A lua, essa, perdura no seu espaço…sorrindo
Tal como eu, espera em cansaço infindo...
E,no meu sono, vai habitando, um retiro em fios de lã
Na esperança que se limita, apenas, em acaricias vãs.


Olho-me ao espelho, não me reconheço…
Os meus olhos fecharam-se, pra não me verem
Os meus lábios encostaram-se, nas palavras por dizer
Os meus ombros caíram, e agora,
 Nos meus braços, adormecem desgastados


Vigio o amanhecer…Logo anoitece…
 No anoitecer que não tem mais manhãs…
Em fronteiras alucinantes…vagarosas
Como manto de alfazema, que exala perfume a rosas
Fundamentada, na esfera… Que petrifica a alma e não floresce a razão.

*lotus*

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Nossa Montanha

Ainda as rosas não nasceram…
Já o seu odor, inunda o infinito…
Como penas soltas de andorinhas…reais
Que pintam os céus, em bailados escritos
Imersas em paz…como ilustrados postais

E, vão abrindo trilhos, nos tempos…
Onde se deleitam já, os poetas ancestrais

Convençam-se… Poetas…
Tudo no infinito… É obra, sem vaidade…
É apenas história na audácia…da palavra escrita
Que nos tempos, fará, memórias…se for bendita...
Ou cessará nas ruas, da vaidade e da desdita…


Convençam-se…Poetas, a humildade é um dom,
E, não se avista ainda… A montanha...
Porém,
Não sufoquemos…A palavra, nos versos que fazemos
Porque os tempos não param, e, nós não tememos…
Que a sede nos queime…Por serem tamanhas…

Mas, só a distância... poderá divisar.
A verdadeira dimensão, das nossas façanhas

*Lotus*

sábado, 28 de janeiro de 2012

Quimeras


Devoro  quimeras
Em águas impeditivas…

Em chão murcho e estriado
Nostalgia dum passado…

Em Alucinações
Que me escoram,

Voar como a andorinha
Em primaveras que não,
Demoram.

*Lotus*