Escrevo-te uma poesia,
ela para mim, não tem medida,
nem tem principio, não tem fim…
escrevo-te, em singelos acenos desejados
em poemas não terminados...
falta-me a densidade que me consola,
em abraçar-te como quem cola, algo despedaçado.
Não sei se encontro palavras p´ra te escrever
estão minguadas as minhas frases...
passei estrangulada longos caminhos, que desconheces.
caminhei sozinha, em labirintos, em oração
e pisei pedras aguçadas
que feriram como espada, o meu coração.
Talvez o céu tivesse uma intenção…
fazer de mim um ser forte, [uma pedra]…
afinal, fez um corpo de barro sem molde,
sem cozedura, que reforce a saudade…
onde me banho em água benta,
nos olhos de quem apenas se contenta,
fazer amor em poesia...
encurralada em madrugadas
que causam êxtases, em sintonia
com auroras saqueadas, de névoas e gotas de água fria.
*Lotus*
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